A dois, reza-se melhor (I)
A revista Mãe da Igreja publicou, recentemente, um fato autêntico,
relatado por um assinante da Hungria. Não se trata de um conto, mas de
um fato verdadeiro. Por prudência, vamos silenciar quanto ao nome do
local e aos das pessoas envolvidas.
Durante a Primeira Guerra, o filho de um médico tornou-se prisioneiro.
Após doze anos de espera, já não se acreditava mais que ele pudesse ser
reencontrado. Entretanto, sua mãe, profundamente católica, mantinha a
esperança e acreditava que iria revê-lo... A cada sábado, dirigia-se à
capela, próxima da cidade, para suplicar à Mãe de todas as Dores, que
conseguisse a volta do filho prisioneiro.
No dia 25 de março, festa da Anunciação, ela implorou ao esposo que a
acompanhasse. Inicialmente, ele recusou - "Tu sabes muito bem - diz ele -
que eu não posso aparecer na Igreja. Além disso, eu evito todos as
grandes multidões." Porém, acabou cedendo e a acompanhou...
Traduzido do alemão por Padre Albert Pfleger
Florilégio Mariano nº 11
A dois, reza-se melhor (II)
Dia 25 de abril. Um mês após o início de suas orações, os dois - marido e
mulher - rezando juntos, eis a venturosa surpresa... O filho tão
esperado reaparece, são e salvo, após a ausência de tantos anos!...
Eis o que o jovem conta: "Após termos montado a guarda, meu amigo e eu
tínhamos a intenção de voltar para a barraca - em cada tenda ficavam
alojados, dois soldados -, quando surgiu uma moça que parecia ser uma
camponesa, e nos perguntou:
- Olá, rapazes, vocês não querem voltar para casa?
- OH! Não nos falta a vontade de voltar para casa; o fato é que estamos
sem documentos e sem documentos é impossível atravessar a fronteira.
- Não há problemas! Ninguém vai lhes pedir nenhum documento. Peguem suas coisas, rápido, o trem está pronto para partir.
E foi o que aconteceu. Exatamente como aquela moça predisse. E aqui estou eu!"
No domingo seguinte, os três - o jovem e os pais - foram à Capela de
Nossa Senhora para assistir à Santa Missa e para agradecer a Deus e à
sua santa Mãe. O rapaz, de joelhos diante da estátua da Virgem, reza com
fervor, quando, levantando os olhos em sua direção, dá um grito e
desmaia. Seus pais se assustam. O rapaz é levado para fora... Um médico
amigo lhe aplica uma injeção e ele volta a si...
Interrogado pelo pai, o filho declara: "Ao olhar para a estátua da
Virgem, eu reconheci o rosto da camponesa que nos aconselhou a fuga...
foi ela quem nos protegeu; com a sua ajuda, nós pudemos viajar sem
documentos."
Florilégio Mariano nº 11