sábado, 30 de junho de 2012

Seja paciente


Francisco de Sales foi bispo de Gênova em cerca de 1600, e nesse ofício ele foi também conselheiro. Por meio de muitas cartas ele  acompanhou as pessoas em seus anseios mais profundos. Seus conselhos mostram um grande conhecimento do ser humano e ao mesmo tempo profundos sentimentos de bondade. Ele escreve: "Nunca permita que seus desejos, por menores que sejam, perturbem seu coração". Podemos ter e expressar desejos. Mas eles não podem tornar-se tão poderosos a ponto de monopolizarem nosso coração e deixá-lo inquieto.Para lidarmos com nossos desejos precisamos de paciência com nós mesmos. Pois às vezes os desejos ficam tão poderosos em nós, que nos deixam inquietos. Francisco de Sales recomenda paciência ao seu coração. "Devemos ser pacientes com todos, mas principalmente com nós mesmos".

( Anselm Grün )

terça-feira, 26 de junho de 2012

Aprenda a aceitar novas funções


Um homem morava no alto de uma montanha. Todos os dias descia até o pé da montanha para buscar água. Trazia consigo dois baldes: um balde novinho na mão direita e um balde velho na esquerda. Enchia-os de água e subia novamente a montanha. Passado um tempo, começou a notar que o balde velho chegava lá em cima quase sem água. Foi quando percebeu que ele estava todo rachado e vinha perdendo a água pelo caminho. Diante disso, o homem concluiu que aquele balde havia se tornado inútil e resolveu encostá-lo num canto. Agora só usava o balde novo.

Certo dia observou lindas flores crescendo apenas de um lado do caminho... Era justamente do lado pelo qual ele passava com o balde rachado. Então se deu conta de que o balde velho havia se tornado um importante regador. O balde velho ainda era útil.

Se numa época desempenhamos uma função que hoje já não podemos mais exercer, outra função surgirá e continuaremos a ser úteis. O que vai mudar é a maneira de contribuirmos no meio em que vivemos.

( Extraído do Livro, Para que minha vida se transforme )
(Maria Salette, Wilma Ruggeri ).


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um acordo com a vida


Não precisamos ser gratos só pelas gentilezas e os lados agradáveis da vida. Quando olho para trás sinto-me pleno de gratidão também pelos tempos difíceis, dos quais eu não via saída. Hoje, quando olho para trás, reconheço que minha vida não teria dado esses frutos se toda ela tivesse transcorrido sem dificuldades. Talvez então eu tivesse permanecido como um eterno aluno exemplar, egoísta e esforçado, mas apenas determinado pela razão e a vontade, sem uma profundidade de alma. Justamente quando olho para trás, para os tempos de insegurança, consigo reconhecer com gratidão que Deus me guiou, que Ele escolheu para mim o que era certo. As crises me ligaram ao meu coração. Para mim, sentir gratidão é estar em acordo com a minha vida, estar em sintonia com aquela pessoa que me tornei. E, para mim, sentir gratidão quer dizer sentir e reconhecer uma paz profunda. 

Tudo está bom como está. Mas essa gratidão também é marcada pela postura da humildade. Eu sei que não posso ter ilusões sobre o que aconteceu. As coisas poderiam ter vindo diferentes.Deus me permitiu vivenciar apenas escuridão e tanto caos quanto eu poderia suportar. Ele nunca me exigiu nada nem me testou para além das minhas forças. Portanto, a gratidão também me preserva do orgulho e me protege da ilusão sobre minhas próprias realizações ou minhas capacidades. Eu sei que tudo isso é um presente, um presente de Deus, mas também das pessoas a quem tenho muito a agradecer. Com elas eu aprendi a confiar na vida, e a ver Deus em tudo.

( Anselm Grün )

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Início dos estudos sobre o Catecismo

Nesta série sobre o "Catecismo da Igreja Católica", Professor Felipe Aquino, em seu programa "Palavras de Fé", inicia os estudos sobre este documento indispensável a todos os católicos. participe deste curso online gratuitamente, e acesse também o curso sobre "História da Igreja"





Fonte: www.webtvcn.com

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Os efeitos do sacramento do Matrimônio


Do Matrimônio válido origina-se entre os cônjuges um vínculo que, por sua natureza, é perpétuo e exclusivo; além disso, no matrimônio cristão, os cônjuges são robustecidos e como que consagrados por um sacramento especial aos deveres e à dignidade de seu estado.

O consentimento pelo qual os esposos se entregam e se acolhem mutuamente é selado  pelo próprio Deus. De sua aliança se origina também diante da sociedade uma instituição firmada por uma ordenação divina. A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens: O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino.

O vínculo matrimonial é, pois, estabelecido pelo próprio Deus, de modo que o casamento realizado e consumado  entre batizados jamais pode ser dissolvido. Este vínculo que resulta do ato humano livre dos esposos e da consumação do casamento é uma realidade irrevogável e dá origem a uma aliança garantida pela fidelidade de Deus. Não cabe ao poder da Igreja pronunciar-se contra esta disposição da sabedoria divina.

( CIC= 1638,1639, 1640 ) 

domingo, 10 de junho de 2012

Oração para os namorados



Meu grande amigo Santo Antônio,
tu que és o protetor dos namorados,
olha para mim, para a minha vida,
para os meus anseios.
Defende-me dos perigos,
afasta de mim os fracassos,
as desilusões, os desencantos.
Faze que eu seja realista,
confiante, digna e alegre.
Que eu encontre um namorado(a) que me agrade,
seja trabalhador, virtuoso e responsável.
Que eu saiba caminhar para o futuro
e para a vida a dois com as disposições
de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever social.
Que meu namoro seja feliz e meu amor sem medidas.
Que todos os namorados busquem a mútua compreensão,
a comunhão de vida e o crescimento na fé.



Assim seja.
( 1 - Pai-nosso, 3 Ave-Maria )

terça-feira, 5 de junho de 2012

A lição da borboleta


Um homem, certo dia, viu surgir uma pequena abertura num casulo. Sentou-se perto do local onde  o casulo se apoiava e ficou a observar o que aconteceria, como é que a lagarta conseguiria sair por um orifício tão miúdo. Mas logo lhe pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso, como se tivesse feito todo o esforço possível e agora não conseguisse mais prosseguir. Ele resolveu então ajudá-la: pegou uma tesoura e rompeu o restante do casulo. A borboleta pôde sair com toda a facilidade, mas seu corpo estava murcho; além disso, era pequena e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observá-la, porque esperava que, a qualquer momento, as asas se abrissem e se estendessem para serem capazes de suportar o corpo que se firmaria a tempo. Nada aconteceu ! Na verdade, a borboleta passou o restante de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Nunca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura eram o modo pelo qual Deus fazia com que o fluido do corpo dela circulasse até suas asas, para que ela ficasse pronta para voar assim que se livrasse daquele invólucro.

Algumas  vezes o esforço é justamente aquilo de que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar pela existência sem quaisquer obstáculos, ele nos condenaria a uma vida atrofiada. Não seríamos tão fortes como poderíamos ter sido. Nunca poderíamos alçar vôo.


( Para que a minha vida se transforme, Maria Salette, Wilma Ruggeri )


segunda-feira, 4 de junho de 2012

O sentido da celebração - Origem da solenidade



1. O sentido da celebração 

Na quinta-feira, após a solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja celebra devotamente a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, festa comumente chamada de Corpus Christi. A motivação litúrgica para tal festa é, indubitavelmente, o louvor merecido à Eucaristia, fonte de vida da Igreja. Desde o princípio de sua história, a Igreja devota à Eucaristia um zelo especial, pois reconhece neste sinal sacramental o próprio Jesus, que continua presente, vivo e atuante em meio às comunidades cristãs. Celebrar Corpus Christi significa fazer memória solene da entrega que Jesus fez de sua própria carne e sangue, para a vida da Igreja, e comprometer-nos com a missão de levar esta Boa Nova para todas as pessoas.

Poderíamos perguntar se na Quinta-Feira Santa a Igreja já não faz esta memória da Eucaristia. Claro que sim! Mas na solenidade de Corpus Christi estão presentes outros fatores que justificam sua existência no calendário litúrgico anual. Em primeiro lugar, no tríduo pascal não é possível uma celebração festiva e alegre da Eucaristia. Em segundo lugar, a festa de Corpus Christi quer ser uma manifestação pública de fé na Eucaristia. Por isso o costume geral de fazer a procissão pelas ruas da cidade. Enfim, na solenidade de Corpus Christi, além da dimensão litúrgica, está presente o dado afetivo da devoção eucarística. O Povo de Deus encontra nesta data a possibilidade de manifestar seus sentimentos diante do Cristo que caminha no meio do Povo.

2. Origem da solenidade

Na origem da festa de Corpus Christi estão presentes dados de diversas significações. Na Idade Média, o costume que invadiu a liturgia católica de celebrar a missa com as costas voltadas para o povo, foi criando certo mistério em torno da Ceia Eucarística. Todos queriam saber o que acontecia no altar, entre o padre e a hóstia. Para evitar interpretações de ordem mágica e sobrenatural da liturgia, a Igreja foi introduzindo o costume de elevar as partículas consagradas para que os fiéis pudessem olhá-la. Este gesto foi testemunhado pela primeira vez em Paris, no ano de 1200.

Entretanto, foram as visões de uma freira agostiniana, chamada Juliana, que historicamente deram início ao movimento de valorização da exposição do Santíssimo Sacramento. Em 1209, na diocese de Liége, na Bélgica, essa religiosa começa ter visões eucarísticas, que se vão suceder por um período de quase trinta anos. Nas suas visões ela via um disco lunar com uma grande mancha negra no centro. Esta lacuna foi entendida como a ausência de uma festa que celebrasse festivamente o sacramento da Eucaristia.

3. Nasce a festa do Corpus Christi

Quando as idéias de Juliana chegaram ao bispo, ele acabou por acatá-las, e em 1246, na sua diocese, celebra-se pela primeira vez uma festa do Corpo de Cristo. Seja coincidência ou providência, o bispo de Juliana vem a tornar-se o Papa Urbano IV, que estende a festa de Corpus Christi para toda Igreja, no ano de 1264. 

Mas a difusão desta festa litúrgica só será completa no pontificado de Clemente V, que reafirma sua significação no Concilio de Viena (1311-1313). Alguns anos depois, em 1317, o Papa João XXII confirma o costume de fazer uma procissão, pelas vias da cidade, com o Corpo Eucarístico de Jesus, costume testemunhado desde 1274 em algumas dioceses da Alemanha.

O Concílio de Trento (1545-1563) vai insistir na exposição pública da Eucaristia, tornando obrigatória a procissão pelas ruas da cidade. Este gesto, além de manifestar publicamente a fé no Cristo Eucarístico, era uma forma de lutar contra a tese protestante, que negava a presença real de Cristo na hóstia consagrada.

Atualmente a Igreja conserva a festa de Corpus Christi como momento litúrgico e devocional do Povo de Deus. O Código de Direito Canônico confirma a validade das exposições publicas da Eucaristia e diz que ·principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, haja procissão pelas vias públicas· (cân. 944).

4. A celebração do Corpo de Cristo

Santo Tomás de Aquino, o chamado doutor angélico, destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem (passado). Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental entre Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade (presente). Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus (futuro).

A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões do sacramento. Por isso envolve com muita solenidade a festa do Corpo de Cristo. Não raro, o dia de Corpus Christi é um dia de liturgia solene e participada por um número considerável de fiéis (sobretudo nos lugares onde este dia é feriado). As leituras evangélicas deste dia lembram-nos a promessa da Eucaristia como Pão do Céu (Jo 6, 51-59 - ano A), a última Ceia e a instituição da Eucaristia (Mc 14, 12-16.22-26 - ano B) e a multiplicação dos pães para os famintos (Lc 9,11b-17 - ano C).

5. A devoção popular

Porém, precisamos destacar que muito mais do que uma festa litúrgica, a Solenidade de Corpus Christi assume um caráter devocional popular. O momento ápice da festa é certamente a procissão pelas ruas da cidade, momento em que os fiéis podem pedir as bênçãos de Jesus Eucarístico para suas casas e famílias. O costume de enfeitar as ruas com tapetes de serragem, flores e outros materiais, formando um mosaico multicor, ainda é muito comum em vários lugares. Algumas cidades tornam-se atração turística neste dia, devido à beleza e expressividade de seus tapetes. Ainda é possível encontrar cristãos que enfeitam suas casas com altares ornamentados para saudar o Santíssimo, que passa por aquela rua.

A procissão de Corpus Christi conheceu seu apogeu no período barroco. O estilo da procissão adotado no Brasil veio de Portugal, e carrega um estilo popular muito característico. Geralmente a festa termina com uma concentração em algum ambiente público, onde é dada a solene bênção do Santíssimo. Nos ambientes urbanos, apesar das dificuldades estruturais, as comunidades continuam expressando sua fé Eucarística, adaptando ao contexto urbano a visibilidade pública da Eucaristia. O importante é valorizar este momento afetivo da vida dos fiéis.

Evaldo César de Souza, C.Ss.R
Fonte:
 http://www.redemptor.com.br

sábado, 2 de junho de 2012

Cada pessoa é tão infeliz quanto acredita ser


Muitos habitantes dos países desenvolvidos não são felizes. Eles têm tudo o que desejam, participam ativamente da sociedade de consumo e suas vidas são materialmente confortáveis, mas não conseguem alcançar a felicidade. Trabalham para ganhar mais dinheiro, prestígio ou poder - ou ambas as coisas ao mesmo tempo-  , fabricam ou participam da produção de objetos de todo tipo, mas também fabricam insatisfação pessoal e são incapazes de pensar positivamente.

Essas pessoas não são felizes e em muitos casos buscam culpados a quem responsabilizar por suas insatisfações, sem levar em consideração que a felicidade ou a infelicidade dependem da atitude de cada um perante a vida, de ter uma mente alerta gerando projetos, ilusões, entusiasmos, atividade e bem-estar emocional.

É preciso ter presente que a saúde mental é a base de tudo, que a infelicidade pode virar vício, quase uma droga, pois os sentimentos negativos crescem, se realimentam e nos transformam em vítimas de inúmeros conflitos psíquicos.

Por sua vez, os sentimentos positivos reduzem a sensação de angústia, afastam-nos do sentimento de infelicidade e nos ajudam a buscar soluções para os problemas. Eles nos ajudam a encontrar a nós mesmos, a conseguirmos a nossa auto-realização, sem a qual a felicidade não é possível.

Se quisermos ser felizes temos de desenvolver o senso pessoal da identidade, estimular nossas capacidades mentais, de análise e de juízo, relacionar-nos ativamente com os demais sem deixar que eles nos dominem nem pretender dominá-los e reconhecer que a felicidade é incompatível com a passividade, que é atitude que se exige de nós como consumidores. 

O capitalismo precisa de uma massa padronizada de indivíduos cujos gostos possam ser manipulados, que se achem livres mas aceitem ser dirigidos sem opor grande resistência e aos quais se possa vender o mito da felicidade como equivalente de diversão e prazer. Esta abordagem gera como subprodutos ansiedade e depressão, que viram fontes de negócio para os produtores de pseudo-antídotos.

No entanto, quem for capaz de lutar contra essa situação, afirmando sua personalidade e evitando ser manipulado, poderá parar de se sentir infeliz, fugindo do círculo vicioso em que crê estar preso. Em conclusão, tanto nossa felicidade quanto nossa infelicidade dependem de nós.

( Texto extraído do livro. As 10 regras de ouro da felicidade, Robert Ambers ).



sexta-feira, 1 de junho de 2012

Presença da Trindade no homem


O fim último de toda a Economia divina é a entrada das criaturas na unidade perfeita da Santíssima Trindade. Mas desde já somos chamados a ser habitados pela Santíssima Trindade: " Se alguém me ama- diz o Senhor-, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e viremos a ele, e faremos nele a nossa morada" ( Jo 14,23 ):

Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer inteiramente para firmar-me em Vós, imóvel e pacífica, como se a minha alma já estivesse na eternidade: que nada consiga perturbar a minha paz nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundidade do vosso Mistério ! Pacificai a minha alma ! Fazei dela o vosso céu, vossa amada morada e o lugar do vosso repouso. Que nela eu nunca vos deixe só, mas que eu esteja aí, toda inteira, completamente vigilante na minha fé, toda adorante, toda entregue à vossa ação criadora.

( CIC - 260 ) Catecismo da Igreja Católica.