sábado, 2 de junho de 2012

Cada pessoa é tão infeliz quanto acredita ser


Muitos habitantes dos países desenvolvidos não são felizes. Eles têm tudo o que desejam, participam ativamente da sociedade de consumo e suas vidas são materialmente confortáveis, mas não conseguem alcançar a felicidade. Trabalham para ganhar mais dinheiro, prestígio ou poder - ou ambas as coisas ao mesmo tempo-  , fabricam ou participam da produção de objetos de todo tipo, mas também fabricam insatisfação pessoal e são incapazes de pensar positivamente.

Essas pessoas não são felizes e em muitos casos buscam culpados a quem responsabilizar por suas insatisfações, sem levar em consideração que a felicidade ou a infelicidade dependem da atitude de cada um perante a vida, de ter uma mente alerta gerando projetos, ilusões, entusiasmos, atividade e bem-estar emocional.

É preciso ter presente que a saúde mental é a base de tudo, que a infelicidade pode virar vício, quase uma droga, pois os sentimentos negativos crescem, se realimentam e nos transformam em vítimas de inúmeros conflitos psíquicos.

Por sua vez, os sentimentos positivos reduzem a sensação de angústia, afastam-nos do sentimento de infelicidade e nos ajudam a buscar soluções para os problemas. Eles nos ajudam a encontrar a nós mesmos, a conseguirmos a nossa auto-realização, sem a qual a felicidade não é possível.

Se quisermos ser felizes temos de desenvolver o senso pessoal da identidade, estimular nossas capacidades mentais, de análise e de juízo, relacionar-nos ativamente com os demais sem deixar que eles nos dominem nem pretender dominá-los e reconhecer que a felicidade é incompatível com a passividade, que é atitude que se exige de nós como consumidores. 

O capitalismo precisa de uma massa padronizada de indivíduos cujos gostos possam ser manipulados, que se achem livres mas aceitem ser dirigidos sem opor grande resistência e aos quais se possa vender o mito da felicidade como equivalente de diversão e prazer. Esta abordagem gera como subprodutos ansiedade e depressão, que viram fontes de negócio para os produtores de pseudo-antídotos.

No entanto, quem for capaz de lutar contra essa situação, afirmando sua personalidade e evitando ser manipulado, poderá parar de se sentir infeliz, fugindo do círculo vicioso em que crê estar preso. Em conclusão, tanto nossa felicidade quanto nossa infelicidade dependem de nós.

( Texto extraído do livro. As 10 regras de ouro da felicidade, Robert Ambers ).



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