sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os olhos, janelas do coração.

" O que tanto me comove, nesse príncipe adormecido, é sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa, que brilha nele, como a chama de uma lâmpada, mesmo quando dorme."
( Exupéry )

O olhar não engana a ninguém. É como um espelho: reproduz, com exatidão, o que se passa no coração do homem. Acho tão sem fundamento certa frase que tanto é proclamada hoje:


"Mesmo que o coração sangre ele é seu, os olhos, que são do próximo, precisam sorrir".
Não sei se os homens estão tão acostumados à conveniência das máscaras que não se dão conta de que isso é totalmente falso. Por que distorcer uma realidade, se de fato não condiz a verdade ?

Coração feliz, olhar alegre.
Coração tranqüilo, olhar sereno.
Coração puro, olhar transparente.
Coração simples, olhar franco.
Coração generoso, olhar acolhedor.
Coração amigo, olhar de irmão.
Coração bondoso, olhar meigo.
Coração depravado, olhar malicioso.
Coração perverso, olhar triste.
Coração sem Deus, olhar vazio...

É como " a imagem daquela rosa que brilhava, qual lâmpada, naquele príncipe adormecido".
Nossos olhos traduzem o que o coração sente.
Seria tão bom se aquela criança, com toda a sua inocência e simplicidade, com toda a sua alegria e esperança, viesse morar de novo em meu coração !

Garanto que os homens teriam uma outra imagem de minha vida!
Meu olhar lhes falaria de tudo que o tempo lhes roubou:
da paz, da pureza, da bondade...
de tudo que eles gostariam de irradiar, e não conseguem mais.
E o mundo seria um pouco melhor, um pouco mais feliz.

( Carlos Afonso Schimtt, O coração vê mais longe que os olhos )

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