" E eu pensava: o que vejo não é mais que uma casca. O mais importante é invisível..."
( Exupéry )
Há corpos doentios, miseráveis até, escondendo um coração precioso e carregado de obras boas.Há figuras imponentes, criaturas impecavelmente vestidas e tratadas, ocultando um espírito egoísta e pobre, vazio de todos os desejos bons e virtuosas realizações.
Estamos no século da imagem e mais do que nunca " aparentamos", com muita maestria e falsidade. Somos capazes de convencer-nos, a nós mesmos, que nossas aparências condizem com o conteúdo interno que supomos ter.
Mas o certo é que os olhos enganam por completo. As verdades verdadeiras aquelas que nascem e crescem na alma da gente, que serão nossa identidade última, quando estivermos um dia, nus, diante de nós e de Deus---, estas verdades os olhos não captam.
Estas pertencem ao domínio do coração, no qual o mais secreto e abscôndito se põe às claras. No qual a virtude e a hipocrisia são reveladas, podendo iludir-se apenas aquele que, maldosamente, quiser enganar-se.
COM AS COISAS DE DEUS É ASSIM:
São verdades que aceito
não por tê-las visto ou compreendido--, mas porque o amor me faz confiar na bondade de um Pai que deseja ver-me feliz, e está me pedindo um voto de abandono.
Sem estender minhas mãos e sentir e apalpar, e provar como Tomé, eu CREIO, porque isso é próprio de um coração que ama e sabe que o mais importante é invisível...
( Carlos Afonso Schimitt, O coração vê mais longe que os olhos )
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