quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ladainha dos Santos Anjos


Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai, Criador dos Anjos, tende piedade de nós.
Deus Filho, Senhor dos Anjos, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, vida dos Anjos, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, alegria de todos os Anjos, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
Rainha dos Anjos, rogai por nós.
Todos os Coros dos Espíritos Celestes, rogai por nós.
Santos Serafins, Anjos do Amor, rogai por nós.
Santos Querubins, Anjos do Verbo, rogai por nós.
Santos Tronos, Anjos da Vida, rogai por nós.
Santos Anjos da Adoração, rogai por nós.
Santas Dominações, rogai por nós.
Santas Virtudes, rogai por nós.
Santas Potestades, rogai por nós.
Santos Principados, rogai por nós.
Santos Arcanjos, rogai por nós.
Santos Anjos, rogai por nós.
São Miguel Arcanjo, rogai por nós.
Vencedor de lúcifer, rogai por nós.
Anjo da fé e da humildade, rogai por nós.
Anjo da Unção dos Enfermos, rogai por nós.
Anjo dos moribundos, rogai por nós.
Príncipe dos exércitos celestes, rogai por nós.
Companheiro das almas do Purgatório, rogai por nós.
São Gabriel Arcanjo, rogai por nós.
Anjo da Encarnação, rogai por nós.
Mensageiro fiel de Deus, rogai por nós.
Anjo da esperança e da paz, rogai por nós.
Protetor de todos os servos e servas de Deus, rogai por nós.
Guarda do Santo Batismo, rogai por nós.
Patrono dos sacerdotes, rogai por nós.
São Rafael Arcanjo, rogai por nós.
Anjo do Divino Amor, rogai por nós.
Dominador do Espírito, rogai por nós.
Anjo da cura e do alívio na dor, rogai por nós.
Auxiliador nos casos de necessidade, rogai por nós.
Patrono dos médicos, viajantes e peregrinos, rogai por nós.
Todos os Santos Arcanjos, rogai por nós.
Anjos do serviço perante o trono de Deus, rogai por nós.
Anjos do serviço prestado à humanidade, rogai por nós.
Santos Anjos de Guarda, rogai por nós.
Auxiliadores em nossas necessidades, rogai por nós.
Luz em nossas trevas, rogai por nós.
Amparo em todos os perigos, rogai por nós.
Admoestadores de nossas consciências, rogai por nós.
Intercessores perante o trono de Deus, rogai por nós.
Defensores contra o inimigo, rogai por nós.
Nossos guias seguros, rogai por nós.
Nossos mais fiéis amigos, rogai por nós.
Nossos prudentes conselheiros, rogai por nós.
Nossos modelos de obediência, rogai por nós.
Consolação no abandono, rogai por nós.
Espelho de humildade e pureza, rogai por nós.
Anjos das nossas famílias, rogai por nós.
Anjos dos nossos sacerdotes e curas de almas, rogai por nós.
Anjos das nossas crianças, rogai por nós.
Anjos da nossa terra e da nossa pátria, rogai por nós.
Anjos da Santa Igreja, rogai por nós.
Todos os Santos Anjos, rogai por nós.
Oremos:
Concedei-nos, Senhor, o auxílio de vossos Anjos e Exércitos Celestes, a fim de que, por eles, sejamos preservados dos ataques de Satanás, e, pelo Precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, Rainha dos Anjos, libertos de todos os perigos, possamos servir-vos em paz para sempre, por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sábado, 24 de setembro de 2011

Evangelho (Mateus 21,28-32)

Domingo, 25 de Setembro de 2011
26º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo:
28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi.
30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.
31Qual dos dois fez a vontade do Pai?”
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”.
Então Jesus lhes disse: “Em verdade eu vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.
 Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.





     

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Impacto sobre as Crianças:


VIOLÊNCIA NA TELEVISÃO
Em síntese: Mais uma vez os estudiosos trazem ao conhecimento do grande público a poderosa influência exercida pelos espetáculos de violência na televisão. Especialmente as crianças são vulneráveis, como registram experiências diversas. Verifica-se outrossim que, nos países industrializados, a televisão é o segundo eletrodoméstico mais adquirido pelas famílias, ficando apenas atrás da geladeira. Observa-se igualmente que, quanto mais certos países são dotados de televisores, mais aí cresce a onda de homicídios; tal é o caso averiguado nos Estados Unidos, no Canadá, na África do Sul. Recomenda-se aos pais o acompanhamento dos filhos; saibam vigiar sobre o que vêem, e comentem com eles o que deixa margem para mal-entendidos,... ou o que pode fascinar pela retórica da informação, da imagem e pela pujança das técnicas aplicadas. Assim despertarão nos mais Jovens um senso crítico sadio, que os preparará para os embates da vida.
Freqüentemente lêem-se reportagens e estudos que comentam a influência da televisão sobre os seus espectadores. A televisão torna-se uma escola de costumes poderosa, ... tanto mais poderosa quanto menos declarada ou quanto mais espontaneamente procurada. Já temos abordado o assunto em PR; ver 383/1994, pp. 176-192. Retomamo-lo, levando em conta especialmente a influência da televisão sobre as crianças, na base de um artigo publicado em Science et Vie, n? 917, fevereiro 1994, pp. 34-43.
1. O PROBLEMA
Nos últimos anos têm-se registrado bárbaros crimes cometidos por crianças e adolescentes em escala totalmente inédita e imprevista. Assim, por exemplo, em Liverpool (Inglaterra), fevereiro 1993, dois meninos, de dez e onze anos respectivamente, seqüestraram e mataram uma criança de dois anos de idade. Em Vitoy-sur-Seine (França), outubro 1993, três estudantes, da faixa de nove-dez anos de idade, são apontados como participantes do linchamento mortal de um homem que não tinha domicílio fixo. Em Newcastle, dezembro 1993, na Inglaterra dois pequenos de seis e onze anos respectivamente foram responsabilizados por torturas infligidas a uma criança de seis anos de idade. Na mesma época, em Saarbrück (Alemanha), três estudantes alemães tentaram enforcar um colega de estudos dentro do recinto da sua escola.
O horror que esses delitos juvenis suscita, tem levado os estudiosos a procurar as causas respectivas: chegaram à conclusão de que a televisão, exibindo cenas violentas, é, em grande parte, responsável pelo surto de criminalidade infantil. Nos Estados Unidos, cuja televisão é tida como uma das mais agressivas do mundo, a Academia Americana de Pediatria e a Associação dos Psicólogos Americanos declararam publicamente que a violência na televisão gera a agressividade das crianças. Com efeito; entre 1981 e 1990 o aumento de detenções de menores chegou a 60%, ao passo que foi de 5% entre os que tinham mais de dezoito anos. Na Califórnia 10% dos homicídios eram cometidos por adolescentes; em 1992 esta quota aumentou para 19%. Isto foi tão significativo que os legisladores da Califórnia e de nove outros Estados estão pensando em baixar de dezesseis para quatorze anos a idade mínima após a qual o delinqüente é julgado não por um tribunal para menores, mas por um tribunal comum destinado a adultos.
Na França os delitos cometidos por menores abaixo dos treze anos passaram de 36.000 em 1980 para 48.000 em 1987; são, aliás, delitos mais agressivos, violentos e complexos do que os de épocas anteriores.
Diante de tais resultados os responsáveis pelos espetáculos televisivos apelam para a liberdade de expressão; observa-se que os movem interesses financeiros.
Entremos mais a fundo no problema.
2. A PSICOLOGIA DA CRIANÇA E A DO ADULTO
As crianças têm prazer em contemplar a tela. As estatísticas mostram que, em certos países ou regiões, passam tanto tempo diante do televisor quanto na escola. O sucesso da televisão se explica pela índole atraente da imagem; esta exerce um fascínio muito mais poderoso que a palavra lida ou ouvida. O telespectador encontra-se geralmente num estado de receptividade muito especial, da qual ele não tem consciência. Principalmente os mais jovens telespectadores são impressionáveis. Vários estudiosos setêm dedicado à atitude das crianças e dos adolescentes frente à televisão, destacando-se, entre outros, Wright e Huston com a sua obra Children and Formal Features (Meyer M. Ed., 1983): verificaram que um desenho animado ou uma imagem comercial de caráter tranqüilo, mas de colorido e som bem nítidos, estimulam comportamentos agressivos em crianças de escola maternal.
É claro, porém, que o conteúdo das imagens como tal provoca reações específicas não só das crianças, mas também dos adultos, como se comprovou em laboratório; os telespectadores participam emocionalmente das ações dos heróis apresentadas na tela. Sim; no eletroencefalograma de um espectador que vê um ator efetuar um movimento simples, as ondas alfa da região anterior do gráfico seguem o ritmo do movimento realizado pelo ator. Este incita o espectador a executar o mesmo movimento. Experiências de laboratório permitiram avaliar outras reações do telespectador: o eletroencefalograma e o oculograma de uma pessoa bruscamente impressionada pela luz forte de uma lâmpada assumem um traçado que revela desagrado. Se a uma pessoa se mostra uma cena de semblante sofredor violentado, os traçados respectivos mostram que o telespectador experimenta um desagrado semelhante àquele que o ator apresenta.
Desde tenra idade, a criança é capaz de perceber o sentido das imagens e de ser influenciada por elas. É o que averiguou o Prof. Andrew Mett-zoff, da Universidade de Washington em 1988; queria saber se os bebês eram capazes de compreender o conteúdo de uma seqüência televisada de modo a assimilá-lo no seu comportamento. Para tanto, colocou quarenta crianças de um ano diante de uma tela na qual um adulto manipulava um brinquedo, realizando alguns gestos muito precisos. Depois, dividiu o grupo em dois, de vinte crianças cada qual; entregou o brinquedo em foco a um dos grupos logo depois da exibição da imagem na televisão; a outra metade das crianças recebeu o brinquedo 24 horas mais tarde, sem ter visto de novo as imagens nesse intervalo. Ora verificou que os dois grupos reproduziram os gestos do modelo televisivo em proporção muito mais elevada do que outras crianças que não haviam assistido à exibição da imagem na televisão.
Colocada diante dessa caixa de imagens, que poderia ser comparada a uma ama-seca e que as influencia desde a mais tenra idade, as crianças — pequenas ou grandes — não têm escolha. Elas se adaptam à escolha de seus pais ou absorvem os programas destinados a estes. Com razão descreve o sociólogo Dominique Wolton: "Se há um público que não tem autonomia e não pode tomar distância, é o das crianças, que, mais do que outros espectadores, olham para tudo o que lhes é proposto". A sua fragilidade emocional torna-os telespectadores muito vulneráveis.
Facilmente entram em estado de dependência do televisor. A própria família parece contribuir para isto, pois é de notar que, nos países industrializados, o televisor é o segundo eletrodoméstico mais adquirido pelos casais, ficando apenas atrás da geladeira ou do frigorífico. Assim a televisão vai sendo integrada no ritmo de vida da família e suscita hábitos tenazes, especialmente entre adolescentes e jovens. E com a televisão é inevitavelmente introduzida a exibição da violência, que ocorre através de todos os canais, da manhã à noite, mesmo nos programas montados para crianças.
Eis ainda outro teste efetuado por psicólogos para avaliar o impacto da televisão: resolveram medir a transpiração cutânea ou da pele das crianças. Para tanto, apresentaram a crianças de quatro ou cinco anos de idade vários segmentos de filmes e desenhos animados neutros ou violentos. As crianças experimentaram reações mais fortes diante dos trechos de violência que envolviam pessoas; mostraram-se também mais sensíveis aos acontecimentos violentos apresentados como fatos reais históricos do que a cenas tidas como fictícias e imaginadas. A violência real impressionou mais do que a fantasiosa.
Ora o que os produtores de programas procuram, é precisamente o impacto, a sensação de um público impressionável. A propósito cita-se o caso, que causou enorme impacto, de um acidente de aviação ocorrido no cabo Skirring (Senegal, África) em fevereiro de 1992: o enviado do telejornal da noite de France 2 (canal de televisão) tentou insistentemente entrevistar as vítimas gravemente feridas.
A exibição, quase complacente, da violência pode provocar a banalização desta. Os telespectadores de qualquer idade tendem a insensibilizar-se ao espetáculo como se a agressividade fosse uma componente normal da vida cotidiana, componente que acaba sendo legitimada. Em conseqüência, verifica-se estranho fenômeno: quanto mais um país é dotado de televisores, tanto maior é o número de homicídios aí ocorrentes; com efeito, nos Estados Unidos e no Canadá, o número de morticínios aumentou 93% entre 1950 (ano em que a tevê aí foi introduzida) e 1970. Na África do sul, a televisão foi autorizada em 1975; doze anos mais tarde, a quota de homicídios aumentou 130% (dados resultantes de um pesquisa do Prof. Brandon Centerwall), da Universidade de Washington.
Mais: a psicóloga Liliane Lurçat chegou à conclusão de que a televisão perturba o, desenvolvimento da imaginação da criança. Com efeito; uma criança que" brinca, recorre às suas próprias imagens mentais; mas, quando as suas brincadeiras e jogos são orientados por programas de televisão, a criança já não é autora das suas idéias; ela interpreta ou reproduz o pensamento alheio. Além disto, há programas ditos reality shows, que mesclam fatos históricos e tentativa de reconstituir a história completa; neles tornam-se muito vagos os limites entre o imaginário e o real; a criança corre então o risco de evoluir para um mundo irracional; a televisão gera a confusão entre ficção e realidade, precisamente na idade em que se faria a distinção entre uma e outra. Muitas crianças, em conseqüência, vivem num mundo fictício, inventando estórias, nas quais a morte pode ser mero incidente como qualquer outro.
3. CONCLUSÃO
É certo que a televisão não é única responsável pela onda crescente de crimes na sociedade contemporânea. Levem-se em conta outros fatores: o álcool, a droga, problemas de família, doenças psíquicas...
Também é certo que os efeitos da televisão não são os mesmos em todos os telespectadores: a sensibilidade, o desenvolvimento afetivo, o grau de amadurecimento, o acompanhamento da família têm seu peso na avaliação dos resultados da tevê.
Como quer que seja, toca aos genitores exercer vigilância sobre os programas a que assistem seus filhos, e comentar o respectivo conteúdo com as crianças. A conversa sobre o que foi apresentado, se é bem dirigida, pode desmitizar as imagens nocivas da telinha; eduquem os pais, em seus filhos, a capacidade de análise dos documentários, o senso crítico, que questiona a retórica da imagem e as técnicas utilizadas... Esta solicitude dos pais, quando devidamente praticada, tem sido benéfica; quando, porém, falta, deixa séria lacuna, que favorece perturbações emocionais das crianças.
Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

sábado, 17 de setembro de 2011

Evangelho (Mateus 20,1-16a)


Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 
1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! Eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três da tarde, e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’16aAssim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”.

  Palavra da Salvação.
 Glória a vós, Senhor.



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Há relação entre pecado e doença ?



Qual a relação que existe entre pecado e doença?
A doença, considerada em si, é uma conseqüência natural do desequilíbrio ou desgaste dos órgãos e humores que constituem o corpo humano. Decorre, pois, do fato de ser o corpo um composto de elementos sujeitos a sofrer desajustamento entre si. A possibilidade de adoecer é assim inerente ao conceito mesmo de natureza humana.
A fé, porém, ensina que a doença, como ela hoje ocorre, não é fenômeno meramente natural.
Deus, ao criar os primeiros pais no estado de inocência, houve por bem conferir-lhes o privilégio de evitar a doença e a própria morte (dons da impassibilidade e da imortalidade). Caso perseverassem na amizade com Deus, não somente teriam sido isentos de qualquer moléstia, mas também haveriam gerado filhos possuidores da mesma prerrogativa.
Aconteceu, porém, que os primeiros pais pecaram. Em conseqüência, perderam o dom da impassibilidade; os achaques físicos ficaram sendo a sorte do gênero humano. Disto se segue que a doença que hoje acomete o homem, tem caráter religioso, é efeito de um pecado, de uma revolta contra Deus.
De passagem, pode-se notar que também entre os povos primitivos ainda existentes (pigmeus, tribos de índios, etc.) está espalhada a crença de que a doença e a morte entraram no mundo por efeito de uma desobediência dos homens contra o seu Autor.
Contudo não se poderia dizer que a moléstia é sempre conseqüência de pecado cometido pessoalmente pelo indivíduo doente. Era esta crença errônea que tornava perplexo o caso de Jó no Antigo Testamento: embora devorado pela lepra, este justo não tinha consciência de haver gravemente ofendido a Deus, como julgavam os seus três amigos. Depois de referir os debates entre o enfermo e seus visitantes, o livro de Jó dá finalmente a ver que Deus pode permitir a doença mesmo no homem virtuoso, a fim de comprovar a sua fé e libertá-lo das ilusões que a concupiscência e o mundo inspiram.
Aliás, depois que Cristo tomou sobre Si as conseqüências do pecado, as nossas misérias, inclusive, a doença, adquiriram valor novo, muito positivo: se a abraçamos em união com Jesus, ou seja, em espírito de expiação pelo pecado, a moléstia vem a ser nossa cruz salvífica que, à semelhança da cruz de Cristo, nos prepara para a ressurreição e a vida eterna. Nunca é a título de mero castigo que Deus envia a doença, mas é sempre com o fim providencial de santificar os homens, de os ajudar a se emancipar da natureza egoísta numa adesão mais perfeita ao Sumo Bem.
"Se morrermos com Ele (Cristo), viveremos com Ele.
Se padecermos com Ele, reinaremos com Ele".

(S. Paulo, 2 Tim 2,11-12).
Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Constância


" A constância é o fundo da virtude."
( Honoré de Balzac )

" Se os homens fossem constantes seriam perfeitos."
( W.Shakespeare )

" A glória só coroará a constância na prática do bem."
( Jean Duplicy)

A constância fortalece as pessoas decididas. Não deixe que aquilo que você não pode fazer interfira no que
você pode e deve fazer. Basta um instante para forjar um herói, mas é preciso uma vida inteira para formar uma pessoa de bem. A alma se eleva à altura daquilo que ela admira.

Desfrute de todos os momentos. Diga sempre a verdade: é a melhor coisa que você pode oferecer aos outros. Algum dia, em qualquer parte, você terá de se encontrar consigo mesmo.

Confie em sua capacidade e mesmo que você perca alguns combates na luta por seus ideais, não seja derrotado sem saber ao menos porque está lutando. Lembre-se sempre de que somente o medo de fracassar pode tornar seus sonhos impossíveis. Mais importante que ter a vontade de vencer é ter a coragem de recomeçar. Aprenda com os obstáculos da vida e saiba que nem sempre o caminho para conquistar seus sonhos é aquele que você imagina.

( Antonio Francisco Bohn )

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os olhos, janelas do coração.

" O que tanto me comove, nesse príncipe adormecido, é sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa, que brilha nele, como a chama de uma lâmpada, mesmo quando dorme."
( Exupéry )

O olhar não engana a ninguém. É como um espelho: reproduz, com exatidão, o que se passa no coração do homem. Acho tão sem fundamento certa frase que tanto é proclamada hoje:


"Mesmo que o coração sangre ele é seu, os olhos, que são do próximo, precisam sorrir".
Não sei se os homens estão tão acostumados à conveniência das máscaras que não se dão conta de que isso é totalmente falso. Por que distorcer uma realidade, se de fato não condiz a verdade ?

Coração feliz, olhar alegre.
Coração tranqüilo, olhar sereno.
Coração puro, olhar transparente.
Coração simples, olhar franco.
Coração generoso, olhar acolhedor.
Coração amigo, olhar de irmão.
Coração bondoso, olhar meigo.
Coração depravado, olhar malicioso.
Coração perverso, olhar triste.
Coração sem Deus, olhar vazio...

É como " a imagem daquela rosa que brilhava, qual lâmpada, naquele príncipe adormecido".
Nossos olhos traduzem o que o coração sente.
Seria tão bom se aquela criança, com toda a sua inocência e simplicidade, com toda a sua alegria e esperança, viesse morar de novo em meu coração !

Garanto que os homens teriam uma outra imagem de minha vida!
Meu olhar lhes falaria de tudo que o tempo lhes roubou:
da paz, da pureza, da bondade...
de tudo que eles gostariam de irradiar, e não conseguem mais.
E o mundo seria um pouco melhor, um pouco mais feliz.

( Carlos Afonso Schimtt, O coração vê mais longe que os olhos )

Evangelho (Mateus 18,21-35)


Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 
22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, levaram-lhe um que devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 







quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dias felizes


Um tema importante da simplicidade é a vida simples, o estilo de vida simples. Hoje ele se tornou óbvio para muitas pessoas que vivem com consciência. Não é um sinal de pobreza ou de falta de imaginação. A vida simples tem uma qualidade própria. A simplicidade despretensiosa leva à satisfação, à beleza e à clareza da vida. Sobre essa vida simples, João Paulo II diz o seguinte: " Podemos viver nossos dias mais felizes sem precisar de outra coisa além de um céu azul e a relva verde da primavera". Para João Paulo II, a simplicidade tem a ver com a felicidade. Para aquele que souber usufruir do céu azul e da relva verde da primavera, o estilo de vida simples será um caminho para a verdadeira felicidade.

( Anselm Grün )

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O mistério do amor




Quem é essa que sobe do deserto apoiada em seu amado ?
Sob a macieira eu despertei você, lá onde sua mãe a concebeu, concebeu e deu à luz.

Grave-me, como selo em seu coração, como selo em seu braço; pois o amor é forte, é como a morte!
Cruel como o abismo é a paixão. Suas chamas são chamas de fogo, uma faísca de Javé!
As águas da torrente jamais poderão apagar o amor, nem os rios afogá-lo.
Quisesse alguém dar tudo o que tem para comprar o amor...
seria tratado com desprezo.

( Cânticos dos Cânticos 8, 5-7 )

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Verdades que os olhos não vêem !


" E eu pensava: o que vejo não é mais que uma casca. O mais importante é invisível..."
( Exupéry )

Há corpos doentios, miseráveis até, escondendo um coração precioso e carregado de obras boas.Há figuras imponentes, criaturas impecavelmente vestidas e tratadas, ocultando um espírito egoísta e pobre, vazio de todos os desejos bons e virtuosas realizações.

Estamos no século da imagem e mais do que nunca  " aparentamos",  com muita maestria e falsidade. Somos capazes de convencer-nos, a nós mesmos, que nossas aparências condizem com o conteúdo interno que supomos ter.

Mas o certo é que os olhos enganam por completo. As verdades verdadeiras aquelas que nascem e crescem na alma da gente, que serão nossa identidade última, quando estivermos um dia, nus, diante de nós e de Deus---, estas verdades os olhos não captam.
Estas pertencem ao domínio do coração, no qual o mais secreto e abscôndito se põe às claras. No qual a virtude e a hipocrisia são reveladas, podendo iludir-se apenas aquele que, maldosamente, quiser enganar-se. 

COM AS COISAS DE DEUS É ASSIM:

São verdades que aceito
não por tê-las visto ou compreendido--, mas porque o amor me faz confiar na bondade de um Pai que deseja ver-me feliz, e está me pedindo um voto de abandono.

Sem estender minhas mãos e sentir e apalpar, e provar como Tomé, eu CREIO, porque isso é próprio de um coração que ama e sabe que o mais importante é invisível...

( Carlos Afonso Schimitt, O coração vê mais longe que os olhos )

Uma parábola: o pássaro e a oração.



Você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio, sem cair? Como é que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e quebrar o pescoço.
O segredo está nos tendões das pernas do passarinho. Eles são construídos de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa.
Os pés não irão soltar o galho até que ele desdobre o joelho para voar. O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para segurar qualquer coisa. É uma maravilha, não é?
Que desenho incrível o Criador realizou para segurar o passarinho! Mas não é tão diferente de nós. Quando nosso "galho" na vida fica precário, quando tudo está ameaçado de cair, a maior segurança, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado em oração.
Se você, algumas vezes, se vê num emaranhado de problemas que fazem perder a fé, desanimar de caminhar, não caminhe mais sozinho(a), Jesus quer fortalecê-lo(a) e caminhar com você por toda sua vida!
É Ele quem renova suas forças e sua fé. E, se cuida de um passarinho, imagine o que não fará por você, seu(sua) filho(a) amado(a).

Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Evangelho (Mateus 18,15-20)


Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 
15“Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão16Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como um pagão ou um pecador público. 18Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. 20Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles”.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.