A solidão onipresente tem muitos nomes e sobrenomes, inúmeras nuances e intensidades, infindos ciclos de duração. Um sofrimento oculto. O deserto da doença. O medo do fracasso, da morte, de ser passado para trás. A calúnia, a ingratidão, o ódio, a injustiça. O túnel sem luz, a fonte sem água, a esperança que faliu e o projeto que não deu certo. A dor de não ser amado. Ou de já não ser mais lembrado. De uma gratificante amizade de outrora, talvez apenas a dolorida lembrança, uma presença-ausente.
A sensação de inutilidade, de marginalização, de quem se sente sozinho, incompreendido, sobrando, fenecendo. Um grito parado no ar, sem eco, sem resposta amiga, cordial.
Situações humanas, pedaços da vida de muita gente, capítulos talvez conhecidos e vivenciados aqui e ali por cada um de nós. Além de poeta, o velho Goethe se revela psicólogo espiritual quando avisa:
--Tenhamos sempre muita confiança. Sempre e em quaisquer circunstâncias é preferível esperar a desesperar. No coração repleto de confiança em Deus não há lugar para o temor.
E a voz confortadora do Mestre, que veio para salvar e não condenar, nos confidencia incutindo ânimo:
___ Vinde a mim todos os que estais aflitos e sobrecarregados. Eu tornarei mais leve e suave o fardo de todos vocês.
( Padre Roque Schneider )
Nenhum comentário:
Postar um comentário