domingo, 22 de abril de 2012

Amar a nossa pergunta



Num maravilhoso poema Rainer Maria Rilke descreve a essência da nossa paciência: 
Devemos ter paciência com os problemas não resolvidos do coração. E tentar amar as nossas perguntas como recintos fechados. E como livros, escritos numa língua muito desconhecida.

Muitas vezes o ser humano é um enigma. Posso ser impaciente comigo porque não me entendo. Ou então posso aceitar com paciência as coisas não resolvidas e tudo o que é incompreensível para mim, e amar as perguntas não respondidas. Trato com cuidado especial os livros escritos numa língua desconhecida, que eu não entendo. O desconhecido tem uma força própria de atração. Quando trato o desconhecido em mim com cuidado, entro em acordo com os enigmas da minha vida e da minha existência.

(  Anselm Grün )



Nenhum comentário:

Postar um comentário