domingo, 6 de maio de 2012

Se eu amo, sei que estou vivo.


Existe alguém que possa temer o amor ? Que não se sinta capaz de se dar aos outros por medo de não ser amado ? É possível, segundo Bertrand Russel,que:  "temer ao amor é temer à vida e os que temem a vida já estão mais ou menos mortos".

O amor, sentimento altruísta e nobre por excelência, é o relatório do nosso projeto vital,do nosso entusiasmo pelo futuro, da nossa capacidade de relação com os outros. O amor ajuda a nos realizarmos, a reafirmar a nossa personalidade modificando-a em função das influências que recebemos por parte da pessoa amada, e a nos sentirmos eufóricos.

Em muitos casos, é certo que não estaremos de acordo com o que pensam ou com o que fazem as pessoas que amamos. Mas o amor aceita as divergências e os critérios que contrastam com os nossos. Aceitamos os seres amados com um todo, com sua personalidade íntegra, com suas virtudes e defeitos sem pretender modificá-los, inclusive sobrevalorizando muitas vezes suas qualidades enquanto subestimamos os defeitos.

O amor que os amantes se dão é oferecido e recebido com alegria e sem esforço, em proveito da  cooperação que os faz se sentirem vivos, e assim são capazes de concretizar os projetos que elaboraram em conjunto. Embora de certa forma o amor nos faça depender do outro, continuaremos sendo autônomos em vários aspectos da nossa vida, tanto no lado pessoal como no profissional. Somos interdependentes, mas a nossa vida pessoal sobrevive a isso tudo.

E essa interdependência, que é a prova de que estamos vivos e de que acreditamos em nosso futuro, pressupõe, para cada um dos amantes, a aceitação das falhas do outro, dos critérios de divergência, que obrigam a um processo de adaptação da pessoa amada. Todos somos diferentes, cada um funciona com seu próprio ritmo e, no final, as diferenças aceitas tornam-se circunstâncias complementares que se integram no projeto de vida em comum.

Mudar o caráter e o jeito de ser dos outros é praticamente impossível. Se nos amamos, temos de nos esforçarmos para nos adaptarmos ao outro. Quando discutimos dialogamos com as mentes, mas com o amor nos ligamos diretamente ao mais profundo do ser até atingir um estado de bem-estar em que temos a consciência de que estamos vivos e de que amamos a vida.

( Robert Ambers, As 10 regras de ouro do Amor )

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