sábado, 7 de julho de 2012

Lanciano - Itália ( Ano 700 )


Em Lanciano - estamos em data não claramente definida do séc. VIII. Um  monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos Santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara provavelmente em estado de dúvidas interiores, senão de incredulidade, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue depositado dentro do cálice. Ao ver isto, o monge, perturbado e atônito, procurou ocultar o fato; mas depois, reagindo à emoção, manifestou-o aos fiéis, que, feitos testemunhas do milagre, espalharam a notícia pela cidade. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, ocorrido pela última vez em 1970, levou aos seguintes resultados muito significativos:

1 ) A hóstia, que a tradição diz ter-se transformado em carne, é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio. Acrescente-se que a massa sutil de carne humana que foi retirada dos bordos, deixando amplo vazio no centro é totalmente homogênea. Com outras palavras: não apresenta lesões, como os apresentaria se se tratasse de um pedaço de carne cortada com uma lâmina.

2 ) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sangüíneo 'A ' que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue de cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo 'AB' ( sangue comum aos Judeus ). Este é também o grupo que o professor Pierluigi  Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou na Sagrada Mortalha ( Santo Sudário ). 

3 ) Apesar da sua antígüidade, a carne e os sangue se apresentam com uma estrutura de base  intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos. A linguagem das relíquias de Lanciano é clara e fascinante: verdadeira carne e verdadeiro sangue humano, na sua inalterada composição que desafia os tempos; trata-se mesmo da carne do coração, daquele coração do qual, conforme a fé, jorrou o sangue que dá a vida.

( Extraído do Livro, O segredo da Sagrada Eucaristia, prof. Felipe Aquino )

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