quarta-feira, 16 de novembro de 2011

As chaves da felicidade


Um célebre escritor inglês disse com muita lucidez e precisão:
O homem moderno é alguém que perdeu sua identidade. 
Criatura humana, que vive sem Deus, perde sua identidade, corta as raízes, mutila sua estrutura fundamental. E são tantos, infelizmente, os que enveredam por estes descaminhos nos dias atuais !
Encontrar o endereço de Jesus Cristo é a graça maior de uma existência. Como apóstolos generosos, estendemos a mão ao próximo buscando ajudá-lo a encontrar sua identidade, se por acaso a perdeu.
Se fôssemos apenas matéria, corpo, Deus não seria tão importante, decisivo e vital. Mas nosso lado religioso traz ressonâncias inapagáveis de Absoluto, de eternidade.
Longe de Deus desequilibramos psicologicamente, porque a dimensão religioso-espiritual mora inatamente dentro de nós. É carimbo de nascença, marca inapagável, enraizada nos longes da eternidade. Quem tenta desconectar-se do Infinito abre um rombo imenso no coração, talhado para o Absoluto. Os valores efêmeros da terra não preenchem nem satisfazem nosso cântaro-alma, sedento de imortalidade, vinculado à transcendência. Quem tenta viver de costas para Deus joga fora as chaves da paz, da felicidade, da realização humana. Ser filho ingrato não é nada inteligente.

A sabedoria da fé nos avisa: quando a vida nos fecha a porta, Deus nos abre uma janela. Quando o mundo circundante nos decepciona e castiga, há sempre um coração aberto para nos confortar e acolher. Cristo, o amigo certo das horas incertas.


( Padre Roque Schneider )

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