terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dance conforme a música do silêncio ( Parte I )


Precisamos do silêncio para entrar em contato com a felicidade que repousa no fundo do nosso coração. Não poderemos senti-la se estivermos sempre em movimento. Ela é como um lago. Só quando este fica bem calmo, pode refletir-se nele a beleza do mundo. Precisamos ficar quietos, para que a beleza que nos cerca possa espelhar-se em nós. Sentiremos, então, a alegria que está dentro de nós.

Em cada um de nós existe um espaço de silêncio e liberdade. Não precisamos criá-lo primeiro, ele já está dentro de nós. Nesse espaço estamos inteiros e intactos. Ele não foi afetado por nossos erros e nossas fraquezas, nem foi comprometido pelos juízos e condenações dos homens, nem por suas expectativas. Aí podemos descansar, porque o próprio Deus mora nesse espaço.

Você só chegará a si se ficar quieto. A grande quantidade de influências que vêm de fora o faz ficar doente. Você precisa do silêncio para tornar-se totalmente você mesmo.

Aquietando-se, você encontrará em primeiro lugar a si mesmo. Aí já não poderá manifestar sua agitação. Perceberá que ela está dentro de você. É necessário resistir à inquietação para alcançar o silêncio.

Calando-se, você poderá viver inteiramente o momento atual. Quando começar a pensar, você deixará de lado o momento presente. Mas a felicidade está sempre no momento presente.

Procure o silêncio. O barulho é como a sujeira e o pó. O silêncio é como um banho para a alma. Não há limpeza mais intensa do que a operada pelo silêncio. O silêncio é um caminho que leva à paz do coração.

Quem não pára de falar vai perdendo sua energia interior. O silêncio é como o fechamento da porta de sua alma, para que o fervor em seu interior não se extinga e a fonte de sua força não se esgote. 

Um silêncio puro e límpido faz cessar a nossa fome. Ele acalma os desejos do coração. É a verdadeira felicidade do ser humano.

( Anselm Grün )

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